29 de dezembro de 2009

Esquizofrenia

Há uns dois anos, assisti um vídeo com um sermão do pastor John Ortberg, baseado no Livro de Ester e gostei muito da sua forma de pensar e de expor as Escrituras.

Na livraria, semana passada, me deparei com um livro de sua autoria, chamado "The life you´ve always wanted" e decidi comprar pra ler. Não me surpreendi. Esse cara é realmente muito bom.

Ele trata das disciplinas espirituais (oração, leitura, jejum etc) sob uma perspectiva da graça, com muita realidade e grande dose de crítica aos "super-homens cristãos".

Um trecho do livro eu achei interessante pra postar aqui: ele diz que a maioria das pessoas (não cristãs ativas) acha normal fechar os olhos e fazer uma oração, reza ou prece. Mas essas mesmas pessoas acham que ouvir a resposta dessas orações é pura esquizofrenia!

Rsrsrsrsrsrsrs. É mesmo! Somos tentados a ir aos extremos.

Uns acham que ouvem Deus o tempo todo, dizem por aí o que Deus quer, pensa, julga e decide! Desses eu quero quase sempre distância.

Mas outros (e eu me incluo) acham que Deus não responde a nossas orações diretamente.
Ora, não que eu racionalmente ache isso - mas a verdade é que vivo como se assim eu pensasse.

Começarei o ano mais uma vez em retiro de solitude, mas dessa vez vou focar em ouvir de DEUS algumas respostas a minhas orações. Por quê não? Se não me considero esquizofrênico ao falar incansavelmente com Ele, porque me consideraria anormal de querer ouvir Suas respostas diretamente para mim?

A busca pelo equilíbrio não pode nos tirar a fé, a noção da imanência divina, o caráter relacional de Deus e o caráter místico do Evangelho.

Até 2010, com reflexões do retiro e mais livros!
8 de dezembro de 2009

Pós-Modernidade

Acabei de ler o excelente livro: A igreja do outro lado, de Brian McLaren.

No começo me assustei por duas razôes:

1) a primeira é que o prefácio de Ed René Kivitz diz claramente que o livro teria poucos leitores no Brasil, pois somos pré-modernos e quando muito, modernos, de forma que o universo de pessoas pra quem o livro seria relevante era pequeno...me perguntei se eu estaria nesse universo.
2) a segunda é que no início do livro eu não estava entendendo muito bem onde o Autor queria chegar e isso me fez concluir que de fato o livro não era pra mim...

Mas o fato é que eu adorei o livro. É sensacional. Ele vem ao encontro de tudo que venho lendo ultimamente. Mostra o que precisamos saber pra viver a realidade do evangelho nos dias de hoje, se quisermos comunicar alguma coisa verdadeiramente.

A igreja do outro lado é a igreja ideal...é a igreja relevante...é a igreja como deve ser e não como a vemos e a vivemos hoje.

O livro é um convite à auto-avaliação.
5 de dezembro de 2009

Semana

SEMANA
Uma pausa nos escritos impessoais sobre livros, para postar algo bem pessoal.
No domingo o Náutico caiu pra série B;
Na segunda tive que ajudar um homem que caiu com epilepsia na calçada da minha casa e eu achei que estava morrendo;
Na terça de manhã bem cedinho (06:00hs) acordo com a notícia de que nasceram as gêmeas de um amigo prematuríssimas, com risco de morte; chego no escritório e descubro que uma grande amiga solteira e jovem que trabalha comigo talvez tenha que retirar o útero e não poderá ter filhos; a tarde recebo a notícia de que o candidato a presidente do Náutico que eu apoiava desistiu da disputa nos deixando na mão, sem possibilidade de nova candidatura; chego em casa Caio está com febre;
Na quarta meio dia uma das gêmeas falece em São Paulo (Alice) e a outra tem menos de 500 gramas e está fazendo diálise;
Na quinta houve trégua pra eu administrar a rotina;
Na sexta faleceu um grande amigo da família, Pedoca, de quem eu era fã; por essa razão, meu irmão/cunhada e meus pais desistiram de vir comigo a São Paulo visitar meu outro irmão/cunhada/sobrinha. Como se não bastasse tive que trabalhar até nove da noite numa urgência que apareceu.
Hoje é sábado. Acabei de chegar em solo paulista e por enquanto há trégua. Estou cansado em todas as esferas possíveis e imaginárias. Vou visitar a gêmea remanescente (Beatriz) e seus pais que estão infinitamente mais cansados do que eu. Que barra!
Espero que a semana que se inicia amanhã seja menos pesada.