30 de novembro de 2010

"Saudades do tempo em que eu orava mais do que lia."



Eu tenho um casal de amigos muito queridos que estão morando no Canadá. Falo de Aldênio e Luluca (e a perquena Sofia). Mês passado chegou de presente pra mim, pelo correio, esse livro, que eles mandaram com muito carinho (inclusive com dedicatória dos autores).

Eu li esse livro com muita calma (inclusive porque está escrito em inglês) e refletindo bastante. É que os autores são protagonistas de um ministério de profecias e são de uma linha teológica muito mística...eu, que já vivi muito nessa área, de uns tempos pra cá ando muito "pé atrás", com muito cuidado.

A dificuldade é me manter sensato, equilibrado e responsável ("Crer é também pensar!"), sem perder a noção de que Deus é também imanente, ou seja, é também espírito, opera milagres e ninguém pode limitá-Lo.

Já vi que não estou conseguindo me expressar direito. Difícil é manter o equilíbrio...ser ortodoxo...ao mesmo tempo livre para expressar emoções...ao mesmo tempo crer que DEUS pode fazer algo sobrenatural aqui e agora...ao mesmo tempo não cair na armadilha de querer espiritualizar tudo...mas ao mesmo tempo não ficar cego para as coisas claramente espirituais a minha volta...ao mesmo tempo...ao mesmo tempo...

Voltando ao livro, trata-se de um conjunto de testemunhos do casal de autores, ilustrados e recheados de passagens bíblicas, reflexões, exegeses e "dicas".

Teologicamente o livro não tem qualquer valor. Pessoalmente o livro tem muito valor. As vezes eu tenho saudade de uma época em que eu lia menos e orava mais...essa reflexão e essa saudade já pagou o que Aldenio gastou com o livro e com o correio!
29 de novembro de 2010

"O sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido" V.E. Frankl





Eu assino Ultimato, há muito tempo. Sempre leio coisas interessantes nessa revista, mas quase nunca posto algo no blog sobre esses conteúdos. Mas dessa vez resolvi compartilhar.

A revista desse bimestre (novembro/dezembro 2010) é sobre o sofrimento e traz muita informação sobre Viktor Emil Frankl, um judeu que passou quase três anos em campos de concentração nazistas. É esse aí da foto acima.

Esse cidadão escreveu algumas coisas interessantes e eu vou replicar aqui algumas delas. Segue a primeira:

“Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior do que a pessoa...O prazer é e deve permanecer efeito colateral ou produto secundário.”

Num mundo que prima pelo sucesso, acho que essa reflexão é pertinente.

E tem mais essa:

“Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós próprios.”

Vejo aí que o perigo está em ficarmos tão cegos, apaixonados por nós mesmos, ou orgulhosos, que escolhemos não mudar e tudo permanece inalterado...morno e triste!

Deus tenha miserciórdia!
26 de novembro de 2010

Nós, pós-modernos, estamos cegos em relação a quê?



Trata-se de uma obra muito relevante, especialmente para quem deseja ter qualquer tipo de atuação intencional de evangelização, uma vez que estudamos história para entender o passado e construir o futuro de maneira mais eficaz e esclarecida.

O Autor propõe uma análise objetiva da evangelização no Brasil, desde a sua descoberta, independente de cor denominacional, e tem como objetivo gerar reflexões da evangelização atual.

No início, é apresentado ao leitor a maneira imperialista e mercantilista com que se fez missões na Europa, cujos resultados são vistos aqui no Brasil. A teologia de missões era sobremaneira influenciada por essas questões, que o ensino foi completamente prejudicado.

Os primeiros missionários, sobretudo católicos corriam atrás de pessoas, escravos, índios etc, para batizar, sem o mínimo de critério, conversão, discipulado, enquanto que essas pessoas era que deveriam procurar o batismo, se fosse o caso.

A preocupação era com a quantidade e com a suposta transformação de pessoas para uma situação de pós-paganismo. Isso ficou muito evidenciado com a visita curta e de caráter de escala noutra viagem, que um missionário protestante fez ao Brasil nessa época (séc.18).

Ele se impressionou com a quantidade de cruzes (e referências à fé cristã) mas se surpreendeu mais ainda com a falta da “doutrina da cruz”.

Já no século 19, com maior presença de missionários protestantes, essa história começa a mudar, mas também há o registro de que aumenta-se o sectarismo e o denominacionalismo.

Indubitavelmente, o que mais me chamou atenção foi o fato de que as pessoas que defendiam a missão, dentro dos diferentes paradigmas, culturas, períodos históricos etc, recorrentemente se mostravam cegos aos aspectos extra-bíblicos e extra-teológicos que lhe influenciavam.

Os primitivos eram cegos ao ambiente apocalíptico; os helenistas eram cegos à influência filosófica pagã; os católicos eram cegos em relação ao desastroso relacionamento entre igreja e estado e à eclesiastização da salvação; os protestantes eram cegos aos motivos político-estatais que lhe deram vazão; e os da era iluminista eram cegos ao seu etnocentrismo.

Nós, pós-modernos, estamos cegos em relação a quê?

QUE JESUS PREGAMOS?

Termino dizendo que só a reflexão e a ciência desses fatos, bem como a consciência daquilo que nos influencia, já nos deixa mais cautelosos e temerosos em relação a nossa missão, ministério e influência.
24 de novembro de 2010

O que de melhor podemos oferecer é "o que somos"!



O que faz de nós pessoas queridas, ou apreciadas, não é o que temos ou o que nós fazemos ou ainda o que podemos oferecer.

É quando nos doamos a nós mesmos e quando oferecemos todo o nosso ser, que as pessoas passam a nos apreciar. Isso é porque o que de melhor temos a oferecer é exatamente o que somos. Deus nos fez perfeitos e isso basta.

Essa é a mensagem desse excelente livro "infantil". Realmente muito lindo!
23 de novembro de 2010

Esse eu ajudei a escrever! (Direito Desportivo)



Acabei de ler esse livro, que é feito de diversos textos (um deles de minha autoria).

São textos de autores vindos de muitos lugares do Brasil(BA, AM, RJ, SP, MG, PR e é claro PE), e do Uruguai.

Com a entrada em vigor do novo Código Brasileiro de Justiça Desportiva - CBJD, surgiu a necessidade de se produzir doutrina sobre as principais alterações, avanços e críticas.

Essa é a primeira parte de uma obra maior que está no forno, que será um CBJD comentado, cuja publicação se dará em breve, também sob a coordenação do amigo Milton Jordão, da Bahia, e também com uma participação minha.

Alcançar o outro num salto, como um trapezista!




Li o Manual da delicadeza de A a Z, escrito por Roseana Murray.

São pequenos textos sobre temas...amor...bem-estar...c...d....e...na letra F (Fonte)eu li o seguinte:

“Como trapezista, alcançar o outro num salto...E então beber a água limpa dessa Fonte!”

Amigos, vocês têm noção do que isso significa? Alcançar o outro num salto, como um trapezista para então beber da fonte de água limpa?

Lembrei-me de um poema que fiz há um tempo atrás, que diz assim:

"Se há um povo, e há
Eu não sou sozinho
Se tu és conosco, e és
Preciso de ti, no outro.

Faz-me ver onde está o meu outro
Sê o “forte” e impulsiona o ímpeto
Tua Palavra será o meu prumo
E o teu perdão a minha bandeira"
19 de novembro de 2010

Mosca é um troço muito chato!



Essa história é de uma mosca que enche o saco de uma vaca posando no nariz dela, nas mamas, no bumbum etc...e a vaca fica tentando o tempo todo pegar essa mosca com o rabo...no final ela consegue pegar a mosca...mas não se livra do problema...pense numa mosca chata da preula! rsrsrsrsrsrs

Não tem nada pior do que mosca...rsrsrsrs

Sempre há quem encha o nosso saco...nem adianta a gente se livrar disso...sempre haverá outra...rsrsrsrs
18 de novembro de 2010

Esse livro me fez lembrar de K-Renato e seus famigerados sustos!



Quando eu era pequeno sofria muito na mão do meu irmão mais velho, K-Renato. É que eu tinha muito medo. Medo de tudo...de escuro...de fantasma...de ficar sozinho...de monstros etc...e ele se aproveitava para me dar sustos e me aterrorizar..

Só me lembrei dessa fase da minha infância lendo esse livro...o enredo é sobre medo e de como pimenta no traseiro dos outros é refresco. Todos temos nossos medos. Não devemos julgar os medrosos.

Esse é mais um livro infantil que muito adulto precisa ler...
17 de novembro de 2010

Esse aí de "Infantil" não tem nada!



Sábado passado eu tive a oportunidade de ler vários livros "infantis".

Esse aí é sobre fazer da vida uma alegre jornada, com muitos sonhos e expectativas.

Isso espanta a morte.

Essa semana eu conversava com meu sogro sobre esse assunto. De como a gente não pode parar sob pena de a vida perder o sentido. A aposentadoria deve ser bem planejada, para que não se fique "ocioso".

Viver, sentir, esperar, sorrir, chorar, comemorar etc...faz parte da vida...deitar, levantar, descansar, reclamar, relaxar etc...faz parte da morte!

Esse livro eu não li, ainda!



Esse livro eu NÃO li! Minha grande amiga/mentora/incentivadora, Susana Leal, está passando uma temporada na Inglaterra, por ocasião de um mestrado em sustentabilidade...ela me enviou esse livro (que será da biblioteca do LIDERA), mas infelizmente não deu pra eu ler.

É que, de fato, eu ainda não estou preparado para ele. O livro não é simples de ser lido. Ainda por cima, o livro está em inglês. Aí ficou um peso muito grande e a leitura passou a não ser prazerosa, razão pela qual abandonei após o primeiro capítulo.

Mas eu sei que o dia chegará em que esse livro estará traduzido, ou então, eu conseguirei um grupo de estudo (assim como fizemos com "Artistas do Invisível) pra conseguir aproveitar esse conteúdo.

Esse post não é somente pra dizer o que não li, mas servirá pra deixar um gostinho do que me espera quando eu estiver melhor preparado para ler. Vejam as primeiras linhas do prefácio (tradução livre):

"Esse livro é sobre uma jornada...é se perder e depois se achar. É sobre a vida...sobre se auto responsabilizar, sobre inspiração, liderança. No final das contas, é sobre cura!"

Um dia desses eu tava pensando sobre isso. A primeira tarefa de um líder: se responsabilizar pelo seu auto-conhecimento e audo-desenvolvimento. Isso passa por se perder...passa por se auto-responsabilizar...passa por inspiração...passa por cura!

Não sei porque as pessoas têm tanto preconceito com esse termo "cura". Parece que ninguém quer ser considerado "doente", especialmente se não há algo manifestamente físico e visível...

Eu sei das minhas muitas mazelas...mas sei também que não tenho consciência ainda de muitas outras que me serão reveladas na jornada...e quero cura sempre!
11 de novembro de 2010

"Jesus não aprovava esse esforço missionário!"




Eu já tinha lido esse livro há muito tempo, mas confesso que à época, não aproveitei bem a leitura. Tem coisa que a gente não pode antecipar na vida. Pra tudo tem um momento. Não adianta eu ter algumas experiências, ler alguns livros, etc...antes de estar preparado para tanto. É por isso que em universidades há matérias que são chamadas "pré-requisitos"...

O livro não é pra quem quer ler "prato pronto" ou para quem tem preguiça de acompanhar o raciocínio que está por trás de alguma afirmação ou tese. É muito profundo e esse mísero post não será capaz de dar uma noção dessa profundidade.

Vou deixar aqui apenas esse "tease". Vejam o que o autor diz sobre o agir missionário de Israel etc:

"Tendo isso em mente, os judeus, e especialmente os escribas e fariseus, já estavam ocupados com grande esforço missionário. Jeremias também demonstrou que "Jesus veio ao mundo durante aquela que foi a época missionária por excelência da história judaica".
Por mais surpreendente que possa parecer, Jesus não aprovava esse esforço missionário: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito, mas, quando conseguis conquistá-lo, vós o tornais duas vezes mais digno da Geena do que vós!" (MT 23,15).
Era questão de "cegos conduzindo cegos! Ora, se um cego conduz outro cego, ambos acabarão caindo num buraco" (MT 15,14)."


Pra quem gosta e é chamado como evangelista, missionário etc fica a pergunta: o que acontece quando alguém se converte na sua comunidade? Ele se torna o quê? Qual o grau de atenção que se dá a essa vida? Estamos transformando pessoas sem Cristo em quê?

Precisa eu detalhar quais as implicações dessa reflexão?
2 de novembro de 2010

Quem leu o post sobre Arthur (síndrome de down) precisa ler este!

Aconteceu algo que vale a pena deixar registrado, porque não pode ser comum.

Quem leu meu último post viu que li um livro sobre um garoto com síndrome de down, chamado Arthur, que mora em São Paulo.

Viu também que enquanto eu estava em Petrolina, conheci, por coincidência, uma mulher chamada Cecília, também portadora de síndrome de down.

Pois ontem a irmã de Cecília viu o blog e me alertou para uma grande sincronicidade...Arthur e Cecília são primos!

Quem quiser que ache normal...mundo pequeno...eu fico é atento aos sinais.
1 de novembro de 2010

A chegada de um filho com Síndrome de Down.



Mês passado eu postei aqui uma frase de Dom Helder,sobre a gente só amar o que conhece, referindo-me ao fato de ter conhecido uma bela organização que cuida de crianças com sindrome de down.

Daquele encontro, iniciou-se outro movimento...Paula se propôs a contar histórias para as crianças uma vez por semana, ofertando seus encantos a esses pequeninos.

Semana passada ela trouxe para casa esse livro, começou a ler e logo me disse que eu deveria ler também. Ela estava certa.

A autora conta a sua história de vida (a chegada de um bebê com síndrome de down chamado Arthur), com muita emoção, muita verdade, sem maquiar sentimentos e sem esconder as sombras. Fazendo isso ela esclarece fatos, desmistifica muita coisa para nós (leigos nesse assunto) e ainda por cima faz uma belíssima reflexão acerca de Deus e Seus propósitos.

Quanto a esse último ponto eu destaco o seguinte trecho:

"Arthur me lembra todos os dias que nossa verdadeira missão é amar. É para isso que estamos aqui. Nossa vida é um plano de amor, pois foi por esse amor que fomos criados. Deus nos amou primeiro e tem por nós um amor incondicional que é dedicado a cada uma de suas criaturas, sem distinções. É nesse amor que encontramos a verdadeira felicidade, porque o amor nos completa e nos faz crescer. É o amor que nos faz livres do preconceito, da mentira, do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da maldade. Livres para nos aceitar como somos: diferentes. Livres para fazer o bem. É por certo uma busca contínua, com quedas e conquistas. Mas com a certeza de que um mundo melhor começa com a iniciativa de cada um de nós."

Vejam como as coisas acontecem (sincronicidade)...eu trouxe esse livro para vir lendo no avião, por ocasião da minha visita a Petrolina para pregar na Conferência de 5 anos da Paróquia do Semeador, igreja liderada pelo meu grande amigo Pr.Rodolfo.

Logo que começamos o primeiro dos três cultos, notei, na primeira fila, uma garota portadora da síndrome de down. Seu nome é Cecília. Ela adorava como nenhuma outra pessoa fazia no templo. Ao final do culto ninguém estava tão entusiasmado em me conhecer do que ela. Ninguém foi tão simpático e carinhoso quanto ela.

Eu a tratei não de modo especial, mas exatamente como eu tratei todos aqueles irmãos que eu estava conhecendo naquela ocasião...gente muito querida que congrega e faz da vida de Rodolfo uma grande alegria e um enorme desafio. Fiz questão de colocar em prática o que estava aprendendo com esse livro (tratá-los com naturalidade) e a resposta foi imediata.

Sei que Deus não está me dando essas experiências/vivências/conhecimentos sem razão.

Mas fica a indicação desse belo livro que me trouxe muitas lágrimas aos olhos, muita alegria ao coração e muita esperança em Jesus!