1 de novembro de 2010

A chegada de um filho com Síndrome de Down.



Mês passado eu postei aqui uma frase de Dom Helder,sobre a gente só amar o que conhece, referindo-me ao fato de ter conhecido uma bela organização que cuida de crianças com sindrome de down.

Daquele encontro, iniciou-se outro movimento...Paula se propôs a contar histórias para as crianças uma vez por semana, ofertando seus encantos a esses pequeninos.

Semana passada ela trouxe para casa esse livro, começou a ler e logo me disse que eu deveria ler também. Ela estava certa.

A autora conta a sua história de vida (a chegada de um bebê com síndrome de down chamado Arthur), com muita emoção, muita verdade, sem maquiar sentimentos e sem esconder as sombras. Fazendo isso ela esclarece fatos, desmistifica muita coisa para nós (leigos nesse assunto) e ainda por cima faz uma belíssima reflexão acerca de Deus e Seus propósitos.

Quanto a esse último ponto eu destaco o seguinte trecho:

"Arthur me lembra todos os dias que nossa verdadeira missão é amar. É para isso que estamos aqui. Nossa vida é um plano de amor, pois foi por esse amor que fomos criados. Deus nos amou primeiro e tem por nós um amor incondicional que é dedicado a cada uma de suas criaturas, sem distinções. É nesse amor que encontramos a verdadeira felicidade, porque o amor nos completa e nos faz crescer. É o amor que nos faz livres do preconceito, da mentira, do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da maldade. Livres para nos aceitar como somos: diferentes. Livres para fazer o bem. É por certo uma busca contínua, com quedas e conquistas. Mas com a certeza de que um mundo melhor começa com a iniciativa de cada um de nós."

Vejam como as coisas acontecem (sincronicidade)...eu trouxe esse livro para vir lendo no avião, por ocasião da minha visita a Petrolina para pregar na Conferência de 5 anos da Paróquia do Semeador, igreja liderada pelo meu grande amigo Pr.Rodolfo.

Logo que começamos o primeiro dos três cultos, notei, na primeira fila, uma garota portadora da síndrome de down. Seu nome é Cecília. Ela adorava como nenhuma outra pessoa fazia no templo. Ao final do culto ninguém estava tão entusiasmado em me conhecer do que ela. Ninguém foi tão simpático e carinhoso quanto ela.

Eu a tratei não de modo especial, mas exatamente como eu tratei todos aqueles irmãos que eu estava conhecendo naquela ocasião...gente muito querida que congrega e faz da vida de Rodolfo uma grande alegria e um enorme desafio. Fiz questão de colocar em prática o que estava aprendendo com esse livro (tratá-los com naturalidade) e a resposta foi imediata.

Sei que Deus não está me dando essas experiências/vivências/conhecimentos sem razão.

Mas fica a indicação desse belo livro que me trouxe muitas lágrimas aos olhos, muita alegria ao coração e muita esperança em Jesus!

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