21 de dezembro de 2011

"DEUS foi obrigado a falar conosco através de imagens e analogias por causa da nossa fraqueza intelectual" (Tomás de Aquino)


Essa semana eu tive uma excelente conversa com dois amigos queridos, um deles panteísta (por aproximação) e o outro eu não sei bem, mas imagino ser cristão/espírita/budista (se é que isso pode ser conciliado rrsrsrsrsrsrs).

No meio da conversa eu fiquei intrigado com alguns pontos de vista, que são mesmo inquietantes, acerca da metafísica e da lógica da espiritualidade conteporânea.

Por isso, ao terminar de ler esse belo livro, faço questão de citar um trecho, que me serviu de consolo:

"Tomás de Aquino, escrevendo no século XIII, enfatizou que DEUS foi obrigado a falar conosco através de imagens e analogias por causa da nossa fraqueza intelectual."Termino esse post de recomendação desse livro muito útil, com outra citação que é sempre importante lembrar:

"Fui salvo da penalidade do pecado, estou sendo salvo do poder do pecado e um dia serei salvo da presença do pecado."
28 de novembro de 2011

"Criar uma familia é tão difícil - e tão importante - que não devemos tentar fazê-lo a sós."


Eu fui comer uma macaxeira na casa de Fred e estava sem livro para ler. Por isso fui na sua biblioteca pessoal e roubei esse livro.


Eu recomendo para todos os cristãos.


O livro é de profundidade progressiva. Começa escrevendo para os recém convertidos a Jesus e continua aprofundando as grandes questões da fé.


A leitura é tranquila e eu recomendo, especialmente como guia de discipulado.
Tem muita coisa boa ali. Mas eu destacarei o seguinte:


"Criar uma familia é tão difícil - e tão importante - que não devemos tentar fazê-lo a sós."
11 de novembro de 2011

As pessoas percebem as mudanças de forma diferente!


Adorei ler esse livro!!!

Numa casa aparentemente normal, há algum tempo uma criança começa a achar que os pais têm atitudes que costumeiramente não tinham e que tá todo mundo ficando doido!!!

Não quero contar a história pra não estragar o final de quem se interessar por ler, mas indico pra quem tem um filho pequeno e planeja a chegada de outro.

Passei por isso duas vezes!!!!

O livro trata do fato de que as pessoas percebem as mudanças de forma diferente, e que devemos ter isso em mente pra cuidarmos melhor uns dos outros.
Esse post é dedicado a Carlito, Lilian, Mari e a mais nova bebê da familia, Manu!!
3 de novembro de 2011

"se tivermos medo de nos contaminar com as realidades sujas do poder, fracassaremos na produção de mudança social." (Parte II)


Demorei mas voltei. Faz tempo que não escrevo no Blog por várias razões. Estive entretido com muitas leituras técnicas e de pequenos artigos. Além disso, demorei pra ler esse livro, que acabei recentemente. Li por indicação de Gustavo Krause que, numa reunião, disse que eu iria gostar. Na mesma hora, meu amigo Sérgio Aquino mandou comprar dois exemplares, um pra ele outro pra mim e eu agradeci o presente.

O fato é que a leitura muitas vezes dá sentimento de nojo por todos os absurdos que ocorrem por detrás das câmeras...no poder...especialmente poder político. É muita safadeza...

Fico feliz então de ter lido antes desse livro, a excelente literatura de Adam Kahane, sobre poder e amor, da qual aprendi que:

"(...) se tivermos medo de nos contaminar com as realidades sujas do poder, fracassaremos na produção de mudança social."

"A corrupção não começa no poder, mas na ignorância sobre ele."
6 de outubro de 2011

A mudança pode ser fruto do acaso, mas o desenvolvimento é planejado!


Só me lembro agora da orientação bíblica que diz que "quem está em pé cuide para que não caia"...de uns anos pra cá eu me vangloriei pra mim mesmo sobre o fato de estar aprendendo a dizer "não"...a impor limites...a me preocupar menos com o que as pessoas pensam de mim etc...
Quando menos esperei, vi que tinha aceitado participar de um movimento que me obrigou a voltar a estudar administração, o que eu não fazia desde 2002...aí eu tive que ler esse livro...essa foto não faz justiça a ele...é grande, grosso e complicado...acho que objetividade não era a maior virtude dos seus autores...
Eu deveria ter dito não...mas agora o compromisso já estava feito...
Falando a verdade, aproveitei muito pouco dele, mas teve algumas coisas que realmente fizeram a diferença...entre elas eu escolhi dizer aqui algo que, no livro, está sendo dito em relação às organizações, mas que a minha aplicação prática foi bem pessoal.
O livro diz que há uma diferença entre "mudança" e "desenvolvimento". Mudança é um conceito amplo, que pode independer dos seus objetivos e que pode ser involuntária...já "desenvolvimento" é algo pensado...pode ter mudança no desenvolvimento!
Isso faz a diferença...você hoje é diferente do que era há 1 ano? Em caso positivo, você apenas mudou, em razão das circunstâncias ou a mudança foi consciente e planejada?
De glória em glória...se o livro me foi enfadonho, essa reflexão me traz de volta a pensar...vou continuar a me desenvolver e me esforçar para manter as vitórias e mudanças já alcançadas...pra não cair de novo...!
20 de setembro de 2011

"Não fazer compras de barriga vazia é uma regra antiga.


Um amigo me presenteou esse livro há 15 dias e eu decidi começar a ler imediatamente. É um livro bom de ler, com linguagem bem tranquila e conteúdo leve. Vale a pena.

Diferentemente de outros livros que tenho lido, não encontrei muitos textos que valem a pena serem guardados como axiomas ou que gerem muita reflexão. Mas uma partezinha eu faço questão de transcrever:

"Não fazer compras de barriga vazia é uma regra antiga. Acabamos enchendo o carrinho com pilhas de alimentos que nem conseguiremos comer. Quando se trata de alimentar o intelecto, às vezes agimos da mesma forma. Percorremos supermercados de informações onde acabamos desnorteados e com dificuldade para selecionar aquilo de que realmente necessitamos."

Imagino se eu poderia aplicar isso para as necessidades de alimentar o nosso espírito...
12 de setembro de 2011

"Somente quem respeita as pessoas ganha o direito de discutí-las, criticá-las ou até de opor-se a elas." (Boff)



Acabei de ler esse livro e gostei. O Autor não aprofunda nenhuma das importantes questões suscitadas na oração de São Francisco, mas faz belas reflexões devocionais sobre os temas.

Aliás, pelo livro fiquei sabendo que o texto da oração de São Francisco não é do Francisco de Assis, mas sim de outra pessoa. Independentemente disso, o fato é que trata-se de uma das mais belas orações que conheço. É simples mas é profunda. É a oração de quem leu e quer viver de acordo com as bem aventuranças.

Desde que vi na televisão, há muito tempo, um filme que tratava da sua vida, cresci admirando Francisco de Assis. Depois, quando li sobre ele e sobre o que ele pregava, me apaixonei completamente. Tenho na minha sala no escritório uma escultura dele.

Como sempre, escolhi pequenos textos pra compartilhar aqui. O primeiro saltou-me aos olhos porque ultimamente tenho conversado com tanta gente que acha que o amor é um sentimento. Gente que diz que o amor acabou...gente que acha que o amor é algo que acaba ou então teria que ser algo capaz de vencer todas as batalhas...veja o que Boff diz:

"O amor não vence todas as batalhas. Ele conhece derrotas. Mas ganha a batalha decisiva e final!"

O segundo trecho que escolhi compartilhar eu grifei por me lembrar imediatamente de algumas pessoas, como aquele Silas Malafaia, e outros...vejam o que diz:

"Somente quem as respeita (as pessoas)ganha o direito de discutí-las, criticá-las ou até de opor-se a elas ..."

Vale a pena fazermos a oração de São Francisco todos os dias!
2 de setembro de 2011

"Deus em nós, está em casa, nós, porém, estamos no estrangeiro"




Acabei de ler esse belo livro, escrito por um monge beneditino e um concultor empresarial. Já dá pra imaginar a riqueza do texto não é?

Como sempre, escolhi alguns trechos pra dar um gostinho:

"Por meio de expressões como “eu devo...” ou “não pode ser de outro jeito”, transferimos a responsabilidade para outras pessoas."

“Naquele tempo, apareceu Jesus”, ele utiliza sempre o conceito kairos."

"O essencial mostra-se quando não mais somos dirigidos pelo dispensável."

"O Mestre Eckhart (cerca de 1260-1327), conhecido místico medieval, aponta para a importância do silêncio e do estar-consigo quando diz: 'Deus está dentro, mas nós estamos fora. Deus em nós, está em casa, nós, porém, estamos no estrangeiro'.


11 de agosto de 2011

"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados." Masoquismo?


Estou me preparando para o 24 horas de Fome.
(http://visaomundialbr.blogspot.com/2011/07/atencao-recife-sao-paulo-rio-de-janeiro.html)


Por isso resolvi reler trechos do livro "Ser é o bastante", de Carlos Queiroz. Decidi compartilhar os seguintes trechos:
"A alegria do discípulo não deve ser confudida com um prazer patológico. Sofrer pela justiça é uma coisa; sofrer como masoquista é uma doença. Ser feliz por causa da sensibilidade humana é uma virtude; viver chorando e se lamuriando como vítima é patológico."

"O discípulo é feliz por condicionar o seu prazer com o bem."

"A falta de apetite pela justiça pode ser um sinal de enfermidade espiritual."
28 de julho de 2011

Devemos saber que somos espiritualmente pobres (Mt.5:3) e recebermos o dom gratuito de Deus como um presente!



Ainda me preparando para o DI (http://congressodi.tumblr.com/), li esse livro aí. Na verdade a capa é outra pois a edição que mamãe tem é mais antiga!

O livro não é e não é fácil de ler. É fácil na medida que é bem escrito, com excelente didática e indicação de fontes e leituras para aprofundar cada tema. MAs não é fácil por que eu não concordo com muitas das postulações do autor.

Foi um excelente instrumento de pesquisa, mas deve-se ter muito cuidado com algumas expressões e premissas que, na minha opinião, não são do jeito que estão escritas no livro.

Mas ao invés de transcrever algo que tenha a ver com o Jesus Histórico - que é o meu tema do DI - o que mais aproveitei no livro teve a ver com outra linha de estudo que eu estou fazendo, que tem a ver com o Reino de Deus e as crianças.

Vejam esse trecho:

"Tornar-se criança não significa adotar alguma qualidade supostamente própria da criança: a ingenuidade, a pureza, a confiança et. E ainda seria preciso levar em consideração que a realidade dessas qualidades na criança constitui um dado antropológico muito discutível.

Com efeito, esquecemos facilmente que a tendência para a dominação, para aproveitar-se dos outros etc também está presente na criancinha. A concupiscência, na linguagem tradicional da Igreja, atua em todo ser humano, mesmo na criança, antes do uso da razão.

O que Jesus nos comunica é algo muito diferente: aceitem o Reino de Deus como um dom, como um presente, como uma realidade estupenda que vai muito além de qualquer merecimento humano, como uma realidade assombrosa que só o amor de Deus pode oferecer!"

Pois é isso. Devemos saber que somos espiritualmente pobres e recebermos o dom gratuito de Deus como um presente!


26 de julho de 2011

"Não deixe de fazer alguma coisa somente porque não conseguirá fazê-la completamente." (Bob Pierce)



Meu amigo Eduardo Nunes me presenteou esse livro. É uma obra fantástica para a igreja. Já há uma versão em português, mas eu ganhei em espanhol. Foi bom para eu treinar!
Muita coisa interessante eu vi nessas páginas, mas decidi transcrever apenas as seguintes:


"Bob Pierce dijo em una ocasión: No dejes de hacer algo sólo porque no puedes hacerlo todo."

"TIEMPO
De las tres categorías de bienes que tenemos que ofrecer, la que com frecuencia menos consideramos es el tiempo. Seamos generosos o tacaños, la mayoría de nosotros somos mucho más cuidadosos y deliberados com respecto a lo que hacemos com nuestro tesoro que com el tiempo. Lo mismo es cierto de nuestros talentos. Si eres un maestro dotado, un científico brillante o un estupendo organizador, puede que no tengas un entendimiento pleno de cómo utilizar mejor tu talento en el servivio a Dios, pero probablemente pienses u ores más sobre eso de lo que lo haces sobre cómo utilizar tu tiempo. Aunque el tiempo es um recurso finito, la mayoría de nosotros desperdiciamos mucho. Cuánto tiempo pasamos viendo televisión, paseando por el centro comercial o detenidos em el tráfico, que podría ser mejor empleado para edificar el reino de Dios?"

"Robert Kennedy dijo una vez: Hay quienes ven las cosas de la manera en que son, y preguntam por qué... Yo sueño con cosas que nunca fueron, y pregunto por qué no. No es todo cuestión de perspectiva?"
18 de julho de 2011

"Se nada nos confunde, provavelmente estamos aferrados a uma verdade insignificante."


Ainda me preparando para o Congresso DI (http://congressodi.tumblr.com/), decidi ler esse livro que o pessoal da organização me indicou. Vale a pena!

O livro demonstra que Jesus é o filho de Deus. Há muita coisa que não conseguimos entender e há muita coisa sobrenatural, mas há também muita coisa que a ciência explica e que conseguiremos entender, bastando que a gente tenha vontade de estudar.

Sobre isso, quero citar algo de outro livro, que tem tudo a ver com esse livro trata:

“Confusão não é sempre algo ruim. Se nada nos confunde, provavelmente estamos aferrados a uma verdade insignificante. (...) É picologicamente impossível adorar aquilo que é completamente apreendido. O divino precisa ter algo de qualidade indefinível para manter a devoção dos homens, pois, como os franceses dizem tão bem, “um Deus definido é um deus finíto”. ED RENÉ KIVITZ (O LIVRO MAIS MAL HUMORADO DA BÍBLIA)
13 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada!



Recebi do amigo Fred Leal esse artigo e decidi que era relevante. Merece a transcrição completa:

Meu filho, você não merece nada
A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.
8 de julho de 2011

"Esperançosamente, chegaremos a valorizar os princípios"



Um dia desses um amigo meu de faculdade e "frontman" da nossa banda universitária (Thiago da Matta), me sugeriu a leitura desse livro. No mesmo dia a tarde, recebi a revista da TearFund (Passo a Passo), que também indicava esse livro. Por isso, resolvi comprá-lo.

Eu gostei muito do livro...realmente vale a pena...mas a sensação que eu tive é que eu já li aquilo tudo em outros lugares, com outras linguagens. Algumas coisas eu sei que li do mesmo jeito que estão no livro.

Isso se dá porque o livro é um mega best seller, e muito antigo, de maneira que de 1989 pra cá, as pessoas o reescrevem e o utilizam como fonte pra outros textos, dinâmicas, treinamentos, vivências etc.

De toda forma, escolhi três partes, que eu imagino que não são essenciais do livro e nem muito copiadas, mas que são muito interessantes, para transcrever aqui:

"A importância de entender a diferença entre princípios e valores. Os princípios são leis naturais extrínsecas a nós e que, definitivamente, controlam as consequências das nossas ações. Os valores são internos e subjetivos, e representam aquilo que sentimos guiar mais intensamente o nosso comportamento. Esperançosamente, chegaremos a valorizar os princípios (...)"

"George Sheehan, o guru da corrida, descreve quatro papéis: ser um bom animal (físico), um bom artesão (mental), um bom amigo (social) e um santo (espiritual). As teorias mais sólidas da motivação e da organização abrangem estas quatro dimensões ou moticações - a econômica (física); o modo as pessoas são tratadas (social); o modo como as pessoas são educadas e usadas (mental) e a ajuda, a contribuição, o serviço que a organização realiza (espiritual)"

Devemos expressar as quatro motivações.

"Na natureza, a sinergia está em toda parte. Se você colocar duas plantas lado a lado, as raízes se misturam e melhoram a qualidade do solo, de modo que as duas plantas crescem melhor do que se estivessem separadas. Se você coloca duas peças de madeira juntas, elas aguentarão muito mais do que o peso suportado por cada uma individualmente. O todo é maior do que a soma das partes. Um mais um é igual a três ou mais."
27 de junho de 2011

Historicidade de Jesus, dos Evangelhos e da Ressurreição! http://congressodi.tumblr.com

Estou me preparando pra participar do Congresso DI (http://congressodi.tumblr.com/). O pessoal me indicou a leitura de um livro e uns vídeos pra assistir. O livro eu vou dar uma checada quando estiver mais perto (na semana que antecede o evento), mas os vídeos eu já assisti.

Um deles eu achei bem legal e resolvi então compartilhar aqui no blog. Trata-se de um pequeno documentário, com linguagem simples, conteúdo resumido, mas que dá uma boa visão geral acerca de grandes questões que serão discutidas no congresso e que passam pela cabeça de qualquer pessoa séria que decida seguir a Jesus, a partir dos ensinamentos contidos na Bíblia. Eis o link:

http://www.youtube.com/watch?v=DHX6uqtWHyE&feature=PlayList&p=BA970EB6E2B9D50E&playnext_from=PL&index=0&playnext=1

Quem assistir verá algumas informações bacanas sobre a historicidade de Jesus, das fontes bíblicas, especialmente do Novo Testamento e mais especialmente ainda dos evangelhos, e de quebra algumas informações sobre a ressurreição.

Sei que a nossa fé vai além dessas questões científicas, na medida em que, necessariamente, fé implica em algo sobrenatural, não comprovável de maneira exata, mas sei também que crer é também pensar (como diria Stott), de forma que achei o vídeo edificante.

Vale a pena.
21 de junho de 2011

'Lavar as mãos em conflito entre poderosos e desprovidos de poder significa ficar do lado dos poderosos, e não ser neutro'



Participando do grupo de estudo/planejamento da 4ª Edição do Programa LIDERA do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, fui convidado a ler esse livro. Achei simplesmente fantástico - uma das minhas melhores leituras de 2011.

Posso dizer que o livro me deu sobrevida de esperança, pois observar toda a corrupção e engano que o poder provoca dá sempre um desejo de se afastar dele...se eu quero produzir qualquer mudança, ainda que seja em mim mesmo, tenho que olhar o poder, tenho que me conectar com pessoas, tenho que criar, etc!

Resolvi, abaixo, transcrever diversos trechos, dos muitos que sublinhei, só para dar o gostinho:

"'O oposto da guerra não é a paz, é a criação!' Para enfrentar nossos desafios sociais mais complexos, precisamos de uma nova forma que não seja nem guerra nem paz, mas criação coletiva. Como podemos cocriar novas realidades sociais?"

"Minha interpretação dessa história foi que, se tivermos medo de nos contaminar com as realidades sujas do poder, fracassaremos na produção de mudança social."

"'Lavar as mãos em um conflito entre os poderosos e os desprovidos de poder significa ficar do lado dos poderosos, e não ser neutro'. Ignorar o poder é prova de ingenuidade ou de má-fé."

"A corrupção não começa no poder, mas na ignorância sobre ele."

"Fortaleça os fracos e chame os fortes à razão".

"A solução para o problema dos conflitos na Irlanda do Norte repousava havia muitos anos em um armário de documentos. O que faltava, e que um dia acabou acontecendo, era que os protagonistas fossem juntos a esse armário."

"Precisamos utilizar todo o poder politico dos governos para criar regras e leis; de todo o poder econômico dos negócios para gerar produtos e serviços; e de todo o poder da sociedade civil em produzir cultura de significados e valores."

"Se escolhermos só o amor ou só o poder, ficaremos imobilizados apenas recriando as realidades existentes, ou pior. Se quisermos criar novas e melhores realidades - em casa, no trabalho, em nossa comunidade, no mundo - precisamos aprender a integrar o nosso amor com o nosso poder."

Fica aí a dica de um excelente livro.

É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas. (Ruth Rocha)



Hoje tomei café da manhã com uma grande amiga, Susana Leal, na casa dela.

O café tinha motivo de trabalho e a gente trabalhou por quase duas horas, entrelaçando as conversas, que eram muitas, e sobre diversos assuntos que temos em comum.

No meio da conversa vejo na mesinha de centro da sala esse livro. Não me contive, li e adorei. Só vou transcrever uma frase e você daí já tira:

"É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas."
16 de junho de 2011

1) ganhe muito; 2) consuma pouco; 3) não entesoure nada; 4) doe generosamente; e 5) goze a vida.






Há alguns anos, um amigo (Pedrinho, que por sinal foi pai mais uma vez hoje) me indicou um livro e disse que eu iria gostar da leitura. O tempo passou e eu nunca tive a oportunidade de ver esse livro pra venda.



Mês passado eu fui almoçar com a familia na casa de outro amigo (Maurício Cunha), e encontrei um exemplar desse livro. Como sou folgado, tratei de roubar o livro descaradamente na presença do seu dono.



Hoje terminei leitura e vou logo dizendo: quem não estiver com vontade de ser confrontado, não leia.


No livro, há desafios tremendamente desconfortáveis para aqueles que não são pobres, como por exemplo: 1) ganhe muito; 2) consuma pouco; 3) não entesoure nada; 4) doe generosamente; e 5) goze a vida.


Sei que vou levar um tempo fazendo a digestão do que li, mas espero que eu não me esconda atrás desse tempo pra não fazer algumas mudanças que são urgentes e necessárias no meu estilo de vida.
3 de junho de 2011

Atrevi-me a chamar-lhe Pai




Há muito tempo, não sei mais quantos anos, havia lido esse livro. A capa era essa antiga aí ao lado.

Mas eu certamente não estava preparado para esse livro naquela época e ele não me disse muita coisa.

Mas ultimamente eu tenho lido muita coisa sobre os muçulmanos e o islamismo...li o romance de Salema, li o filho do Hamas, etc...

Quando deparei-me com a nova edição do livro, comprei de impulso e comecei a ler. Não parei até terminar ontem a noite essa fantástica aventura dessa mulher cuja vida de intimidade com o Pai tanto me inspirou nessa semana.

Por conta do testemunho que Bilquis deixou gravado nesse livro, eu li mais a Bíblia, orei bem mais do que estava acostumado, e me preocupei bem mais com o meu relacionamento íntimo, pessoal e prazerozo com Deus.

É um deleite de leitura.
30 de maio de 2011

No meu caso, toque físico e palavras de afirmação!



Eu confesso que sou preconceituoso e muitas vezes arrogante. Com livros então isso piora. Quando alguém me recomenda muito um livro, eu tendo a não querer lê-lo.
Claro que depende muito de quem indica também...

Mas o fato é que esse livro vem me sendo indicado há anos, por várias pessoas. Até ganhei ele de presente, mas ele ficou escanteado na biblioteca de casa...

Semana passada eu sabia que o livro que eu estava lendo iria se acabar e eu uria estar viajando e por isso peguei ele, de reserva...era só o que precisava. Logo no início eu vi que iria curtir a leitura.

Recomendo de verdade. Chorei muitas vezes reconhecendo as minhas linguagens e dialétos do amor...e reconhecendo essas características em Paula, nos meus filhos, familiares e amigos. O relacionamento de fato se aprimora com essa leitura, e acho que esse conhecimento vai além do relacionamento conjugal...vale pra tudo...

E mais...deveria ser obrigatório pra todo mundo que vai casar, independentemente de serem crentes ou não...kkkk. Com o perdão do exagero, isso foi só pra dizer que o livro vale mesmo a pena.
18 de maio de 2011

Muçulmano encontra Jesus! Fascinante!



Paula ganhou esse livro de presente de aniversário e, antes mesmo que ela o tocasse, peguei para ler. Aproveitei 7 horas de vôo em menos de 48 horas e li essa história muito interessante.

A história é real (assim diz o Autor)...é tão absurda e envolvente que eu desconfiei muitas vezes durante a leitura que era mentira...mas eu tenho que acreditar, até prova em contrário.

Como um muçulmano de nascença cujo pai era líder fundador de uma das organizações islamicas mais influentes/perigosas/radicais viveu uma vida tão impressionante e acabou se encontrando com Jesus?

A leitura vale muito a pena.
16 de maio de 2011

Adélia contou a bela história de NITO!



Ainda sobre o lançamento do livro de LINE, decidi postar a história que Adélia contou aos amigos que compareceram naquela linda noite. Trata-se da história de NITO. Otexto do livro, adaptado para contaçãol é o seguinte:

"Quando Nito nasceu, foi uma alegria só, todo mundo ficou contente. De tão gracinha que ele era, logo passou a ser chamado de bonito. E de bonito pra e bonito pra lá acabou sendo conhecido só por NITO.

Nito crescia e com ele crescia um grande problema. É que Nito chorava de mais, chorava por tudo! E num adiantava reclamar com ele não, quanto mais o povo reclamava, mais ele chorava e os pais se agoniavam:
PARA DE CHORAR NITO! PARE DE CHORAR MEU FILHO... mais de nada adiantava e quando ele abria o berreiro, abria a boca tão grande que dava se bobiar pra contar todos os dentes da sua boca de tão grande que ele abria.

Certo dia o pai do Nito resolveu chamar ele pra uma conversa, sentou o filho em sua frente e disse:
- Nito meu filho, olhe, estou lhe chamando para esta conversa por que vejo que já está na hora de vc parar com estes choros sem sentido. Você já está ficando um rapazinho e outra coisa a partir de hoje acabou-se o chororó, homem que é homem não chora , você é macho meu filho !!!!!

Depois da conversa com o pai, Nito não conseguia parar de pensar nestas três frases:
acabou-se o chororó,
homem que é homem não chora ,
você é macho meu filho !!!!!
E ficou pensando em como faria para não chorar mais todo o choro que tinha vontade de chorar..... teve uma idéia e a colocou em prática! Iria a partir de agora, guardar todos os choros, não ia chorar mais nada, iria engolir tudo de uma só vez... e foi isso que o Nito fez, ele passpu a engolir uma média de 20 choros por dia.. mais tinha vezes que ele até passava da conta, teve um dia mesmo, que ele foi na rua, cortou o pé e teve que tomar injeção no bumbum. Nesse dia, ele engoliu 40 choros de uma só vez e muito bem engolidos....
Nito que pulava, corria e brincava de um lado pro outro, já não pulava mais, já não corria mais, já não falava mais... de tão pesado que andava... e seus pais acharam que o menino estava doente. Resolveram então chamar um médico. O médico que foi chamado, morava na mesma rua da casa do Nito e cuidava sempre de plantas e crianças.

Quando o médico chegou na casa do Nito, falou com seus pais e depois foi até o quarto do menino. Quando o Nito viu o médico entrando pela porta do seu quarto teve uma vontade danada de chorar... mais logo lembrou da conversa do pai e engoliu mais esse choro. Depois que o Nito engoliu esse choro ele mal conseguia abrir os olhos de tão pesado que ele tava. O médico se aproximou e disse ao menino com uma voz bem suave:
- Diga meu menino, o que você tem? Está doente? Diga o que é, talvez tenha algum remédio que possa te curar?
Nito nada respondia... o mádico insistiu...
- Diga meu menino, o que você tem? Está doente? Diga o que é, talvez tenha algum remédio que possa te curar?
Nito sentiu segurança naquela voz e falou.... falou tudinho... falou da conversa com o pai e de todos os choros que passou a engolir. Disse que estava se sentindo muito pesado e que não agüentava mais se sentir assim....

O médico escutou atentamente, e respondeu pro Nito que tinha o remédio certo. Para ele se curar precisava DESACHORAR... Nito perguntou: o que é desachorar? Desachorar Nito é chorar todo o choro que você guardou todo esse tempo, mais pra se curar de verdade, não pode deixar nenhum preso aí dentro...
O QUE ? VOU TER QUE CHORAR? MAIS EU NÃO POSSO, EU SOU HOMEM E HOMEM NÃO CHORA!!!!

É exatamente por voce ser homem Nito que deve chorar. As lágrimas foram feitas para rolar pelo rosto de todo mundo mesmo, seja de homem, de mulher de criança ou gente de idade... respondeu o médico ...

Nito nem esperou o médico terminar de falar e já foi enchendo os olhos de lágrimas... o médico bem precavido, foi lá na porta do quarto e pediu uma bacia pra mãe do Nito. A mãe trouxe e o médico entregou pro menino.
E Nito desachorou que desachorou... mais 1 bacia não foi suficiente, o médico foi lá e pediu mais uma , e o menino: desachorou que desachorou...
Mais não foi suficiente, e o medico pegou 1 balde e o menino : desachorou que desachorou... mais não foi suficiente, o médico pegou mais 2 baldes e o menino: desachorou que desachorou...

TOTAL do desachoro: 3 baldes bem cheios e 2 bacias quase esborrando!

Depois disso o Nito achou tudo até muito engraçado, é que quando ele olhou pra porta do seu quarto, todo mundo tava chorando, o Pai tava chorando a mãe tava chorando e o médico coitado, soluçando de tanta emoção....

O médico foi embora e logo depois o pai do Nito chamou ele para uma outra conversa....:

_ Nito? e ajoelhado disse: - sente aqui meu filho. Olhando nos olhos do filho ele continuou... Acho que nós aprendemos uma grande lição hoje hem? Hoje você me ensinou que é o choro que faz agente muitas vezes ser mais homem do que já é!
O que quero dizer na verdade é que você pode sim chorar, mais não á toa, sem razão...

Logo após essa conversa, os dois se abraçaram. Se abraçaram fortemente. Ficaram tão agarradinhos que dava até pra um sentir a batida do coração do outro. Depois que eles ouviram a batida do coração do outro, pela primeira vez juntos eles choraram...

Bom, após esta conversa, o tempo passou para o Nito assim como passa pra todos nós. E o Nito entre uma choradinha e outra “com razão” foi crescendo. Hoje talvez ele já seja um homem daqueles bem altos, de barba, bigode e tudo, mais concerteza, o Nito é um homem muito mais BONITO!"

Quem ouviu a contação também chorou de emoção.
11 de maio de 2011

Fotos do Lançamento (Parte 1)

Uma série de posts sobre o lançamento do livro.

Nesse primeiro post, algumas fotos: Paulinha e algumas crianças lindas; Paulinha contando a história no auditório; Adélia e eu dando as boas vindas.



9 de maio de 2011

Malicioso, egoísta e orgulhoso!



Acabei de ler mais um livro de John Stott e mais uma vez gostei muito. O livro começa melhor do que termina, pois no início ele escreve de maneira mais pessoal, o que é raro em seus escritos.

Pra se ter uma idéia, vejam o que ele escreve logo no primeiro capítulo:

"Com o idealismo vibrante da juventude, eu tinha uma imagem heróica da pessoa que eu queria ser - altruísta e de espírito público. Mas tinha, ao mesmo tempo, uma imagem clara de quem eu realmente era - malicioso, egoísta e orgulhoso."

De cara eu já pude me identificar!

Numa das minhas partes favoritas do livro ele defende que os ateus têm razão ao dizer que Cristo é uma "muleta", útil apenas para gente fraca. Mas ele arrebata dizendo que todos somos fracos, sendo certo que só alguns admitem isso.

Finalizo o post citando o seguinte trecho:

" (...) deve haver algumas poucas pessoas capazes de realizar o truque mágico de fingir ter significância quando sabem que não têm nenhuma. Significância é fundamental para a sobrevivência.
Foi isso que Viktor Frankl descobriu quando, ainda jovem, passou três anos no campo de concentração de Auschwitz. Ele notou que os prisioneiros que mais sobreviviam ao sofrimento eram aqueles "que sabiam que havia uma tarefa esperando por eles para ser realizada". Ele cita a declaração de Nietzsche de que "aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase todos os comos".
Mais tarde, Frankl tornou-se professor de psiquiatria e neurologia na Universidade de Viena e fundou a chamada Terceira Escola de Psiquiatria Vienense. Ele postulava que, além da "vontade de prazer" de Freud e da "vontade de potência" de Adler, os seres humanos têm uma "vontade de significado". De fato, " a luta por encontrar um significado na vida é a força motivacional primária no homem".

Criemos pois significados para nossa vida!
2 de maio de 2011

As Aventuras de Line - O Convite!



Em 2010 eu fiz um curso de contação de histórias. Em 2010 minha esposa passou 9 dos 12 meses grávida do nosso terceiro filho, Davi. Em 2010 eu conheci a talentosíssima ilustradora Adélia.

Disso tudo nasceu esse livro que lançarei terça-feira, dia 10/05/2011. Ainda essa semana postarei a capa dele. Por enquanto segue só o convite.
1 de maio de 2011

Depender de DEUS, ser resiliente e manter as prioridades devidamente escalonadas!

Há 15 dias participei de um encontro com amigos...uma imersão de 3 dias em Porto de Galinhas, nos quais tratamos do tema "Vida e Morte" sob a perspectiva do nosso desenvolvimento.

Esse fim de semana eu tive a oportunidade de participar do retiro anual do conselho diretor da Visão Mundial Brasil, em Aldeia, facilitado por Carlinhos Queiroz, e tive a grata surpresa de que o tema abordado no retiro seria o mesmo, sendo que tratado da perspectiva da espiritualidade em Jesus Cristo.

Nesse meio tempo, entre os dois eventos, participei de uma reunião de planejamento do Programa LIDERA, do Ação Empresarial pela Cidadania, e lá também fui edificado de várias formas.

Sob o efeito dessas três enormes influencias, escrevi:

"Eu sou teu, único.
Por isso sou do próximo - fraternalmente.
Eu tenho um chamado, real.
Por isso me ajoelho - humildemente.
Eu desejo deixar um legado, perene.
Por isso construo sifnificados - ousadamente."


A semana foi de fortes emoções: véspera de semi-final no campeonato pernambucano; muitas reuniões; suspeitas de tentativa de suborno; mais reuniões; aniversário de Paula; chuva que desabou na minha sala de jantar por conta de uma calha entupida...

Mas uma coisa é certa: nada é mais tranquilizador do que depender de DEUS, ser resiliente e manter as prioridades devidamente escalonadas.
26 de abril de 2011

Liderança e gestão não são sinônimos!

Uma grande amiga, Susana, está na Inglaterra fazendo um mestrado, na área de sustentabilidade e afins...Como parte das suas pesquisas, ela propôs a alguns amigos a criação de um grupo de apoio, do qual faço parte, que tem como propósito responder a algumas perguntas e construir um currículo de um programa de desenvolvimento para empresários e executivos etc...

Nessa onda toda, ela tem sugerido a leitura de alguns livros e artigos...teve um livro que ela mesmo fez uma resenha, traduziu para o português e nos enviou...trata do seguinte tema: LIDERANÇA NATURAL.

Gostei muito do que li.

Já fiz muitos cursos, li muitos livros e ouvi muita gente falar sobre liderança...na maioria das vezes, propõe-se um estilo mestre (Ex. liderança servidora), ou um aspecto específico (ex.liderança em tempos de crise) ou ainda características especiais a partir de biografias (ex.Neemias, Davi, Moisés, Luther King, Ghandi etc...)...

Mas essa tese chamou minha atenção porque não se propõe nada como sendo o certo ou o padrão...mas vislumbra diversos estilos e características de liderança, a partir da natureza (ex. a liderança entre as formigas, entre os gansos, entre os patos, entre os leões)...e as adaptações que precisam ser feitas pelos líderes na natureza.

Liderança e gestão não são sinônimos. Se até pouco tempo se pensava em liderança transformacional, com maior ênfase nas pessoas, hoje, diante das nossas perspectivas de futuro, já se fala em liderança flexível, responsiva e sobretudo resiliente!

O futuro chega a me assustar, especialmente com notícias de desastres e emergências todos os dias. A resiliência é algo a ser pensado, inclusive e especialmente pelos líderes.
25 de abril de 2011

O sábio aprende com os erros dos outros!



Meu irmão, K-Renato, me deu de presente de aniversário esse livro, que é uma autobiografia de Lobão.

Quem gosta de biografias, gostará desse livro...
Quem gosta de música, gostará desse livro...
Quem viveu as décadas de 80 e 90 gostará desse livro...

Enquadro-me nessas três hipóteses...

Como sempre, histórias reais nos ajudam a antever as conseqüências das nossas decisões...ouvi alguém dizer que o inteligente aprende com seus próprios erros e o sábio aprende com os erros dos outros.

Espero ter aprendido algumas coisas!

Vale muito a pena...me instiguei tanto que voltei a ouvir as músicas de Lobão...
20 de abril de 2011

Uma nação de fracos!!

Eu procuro ser um pai presente na vida dos meus filhos e isso inclui participar das reuniões na escola. Mas o fato é que essas reuniões nem sempre são boas, para falar o mínimo.

Há 15 dias eu fui para a reunião de pais e mestres do meu filho do meio, Caio, e tive a grata surpresa de uma reunião boa, participativa, com temas relevantes etc...fiquei animado.

Essa semana foi a reunião do meu filho mais velho, mas infelizmente nem Paula e nem eu pudemos participar, pois estávamos os dois fora de Recife, num curso/imersão. Tratei hoje de procurar o pai de um amiguinho dele e perguntar como havia sido e também procurar a professora, e tive outra grata surpresa.

Recebi várias orientações muito pertinentes e dois textos que foram trabalhados, dentre os quais, colacionei o seguinte trecho:

"Uma nação de fracos. É isso que a jornalista americana Hara Estroff Marano prevê para o futuro próximo dos Estados Unidos - um cenário reconhecido também por psicólogos e educadores brasileiros. Por fracos, entenda-se uma geração que está crescendo sob a tutela excessiva dos pais, incapaz de suportar frustrações e acostumada a se achar merecedora de todas as facilidades que puder arrebanhar em nome do sucesso pessoal. Com efeito colateral, mostra-se socialmente inepta e temerosa de correr riscos e inovar. Para Hara - articulista de comportamento que colabora com publicações conceituadas, como a revista PsychologyToday e o jornal The New York Times -, o fenômeno é um tiro no pé para os pais, que, com um planejamento minucioso do que julgam melhor para o futuro dos filhos, suprimem a espontaneidade da infância em nome de habilidades presumivelmente necessárias para suas crianças serem vencedoras. Endossada por renomados especialistas americanos, a tese de Hara virou um livro supercomentado (A Nation of Wimps, Ed. Broadway, ainda sem tradução para o português).

A diferença entre o que ela descreve e o que os especialistas veem no Brasil é apenas a escala, já que nossa classe média é menor. "Os pais têm a falsa noção de que a felicidade dos filhos está vinculada ao êxito profissional, mas os estudos mostram que ela depende da percepção de um sentido para a vida", afirma a pedagoga Telma Vinha, professora da Unicamp e coordenadora do Grupo de Estudos e pesquisa em Educação Moral da Unesp de Rio Claro (SP)."

Meus amigos, isso é muito sério e as consequências de um bom entendimento acerca dessa questão deve trazer muitas consequências na forma como estamos criando e educando nossos pequenos.

Vale a pena a reflexão e a mudança!!!
29 de março de 2011

www.ivanroc.com

ATENÇÃO:

Para todos que acompanham esse blog, hoje ele foi invadido e hackeado. A partir de hoje seu domínio mudou e ele passou a "atender" no endereço:




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--> E claro que isso tudo foi só uma brincadeirinha de uma amiga blogueira pra desejar feliz aniversário pro autor:

:)

P.S- O enredeço do blog realmente mudou! Foi presente! :))

28 de março de 2011

A pregação mais efetiva vem daqueles que incorporam as coisas que estão dizendo.



Hoje acabei de ler esse livro. Eu já disse aqui no blog que esse senhor aí da foto foi um dos teólogos que mais me influenciaram. Seu livro "Ouça o Espírito, Ouça o Mundo" teve um papel importantíssimo para algumas decisões que tomei, e que fizeram a diferença.

Esse livro é um pouco mais acadêmico, mas não menos edificante. Nele pude ler essa citação de John Poulton:

"A pregação mais efetiva vem daqueles que incorporam as coisas que estão dizendo"

Ou ainda esse:

"Missão é o serviço amoroso que DEUS envia seu povo para realizar no mundo. Ela inclui tanto evangelismo quanto ação social, pois cada um destes é em si mesmo uma expressão autêntica de amor e nenhum deles necessita do outro para se justificar."

Vale a pena!
22 de março de 2011

Um cristão, nordestino, urbanizado, globalizado e pós-moderno.



Faz tempo que não posto nada aqui no Blog. É que Davi nasceu e a correria aumentou. Veio o carnaval e também muitas coisas estão acontecendo de forma que nos últimos dias eu tenho tido que orar bastante...a leitura ficou em segundo plano!

Mas finalmente acabei de ler esse belo livro, que ganhei na última reunião da Visão Mundial.

Ele fala de muitas coisas, principalmente fazendo uma reflexão sobre ser cristão, nordestino, urbanizado, globalizado e pós-moderno.

Como ser igreja na cidade? O que esperar? O que desejar? Algumas reflexões que fiz a partir do livro e de recentes acontecimentos:

Eu estou cada vez mais ciente de que sou espiritualmente pobre; de que alguns posicionamentos de hoje podem mudar radicalmente amanhã, conforme eu for amadurecendo e vendo gente mais experiente que eu errar...

Eu estou cada vez mais ciente de que não vale a pena se "arvorar" de bom ou de conhecedor. Prefiro não saber a ter que defender o que acho que sei...

Eu estou cada vez mais ciente de que melhor é viver do que falar...

Tem mais coisas, mas eu prefiro parar por aqui e só recomendar o livro, que vale a pena.
25 de fevereiro de 2011

O "Velho" Jeito

Essa semana eu tive a honra de receber do meu amigo Oscar Rache, uma cópia do manuscrito do seu livro, denominado "7 Horas de Agonia e Amor", que está em fase de finalização.

A orientação de Oscar era de que eu lesse com espírito crítico, fazendo anotações para serem apresentadas, antes dos ajustes finais do livro, e assim eu o fiz.

Mas o fato é que o texto é tão bem escrito, e a idéia é transmitida de maneira tão terna e bonita, que eu me peguei lendo apenas pelo prazer de se deliciar com uma literatura edificante e relevante. Tive que reler alguns capítulos, para poder fazer o meu trabalho de analisar e fazer sugestões.

Trata-se de um ensaio sobre o amor de Jesus Cristo; uma visão do "velho" jeito de Jesus expressar Seu amor por nós; uma nota sobre o grande exemplo de como viver o Reino de Deus.

Espero que essa obra seja publicada para abençoar muitas pessoas. O mundo precisa entender que não adianta falar de Jesus, se não vivemos como Ele, ou pelo menos se não desejamos isso ardentemente.
10 de fevereiro de 2011

"As bases do seu governo serão a justiça e o direito" (Is.9:7)



Acabei de ler um livro editado pela Visão Mundial, que é uma compilação de estudos devocionais que foram pensados para serem consuzidos durante ocasiões como as reuniões de conselhos, juntas, assembléias. Chama-se "Resources for Governance Devotions".

Há ali muito material para reflexões bíblicas acerca do tema da governança. A minha reflexão preferida é de autoria de Dan Ole Shani, pois ele faz um paralelo de lições de governança a partir da igreja primitiva e do Concílio de Jerusalém.

Precisamos investir muito em boa governança nas organizações cristãs.
7 de fevereiro de 2011

Cristo e a Criatividade!



O título do livro já havia me conquistado. Quando comecei a leitura, vi que o conteúdo não tinha nada a ver com o que eu imaginava, mas de alguma forma, o autor conseguiu minha atenção e me edificou bastante.

No meio cristão há muitas expressões artísticas...há muita oportunidade de "exibir" arte...por isso há muitos aspirantes a artistas. Falo de gente "amadora" que gosta de fazer arte.

A leitura desse livro, sobretudo do capítulo onde alguns artistas cristãos escrevem cartas com conselhos aos mais jovens, deveria ser recomendada nas igrejas.

Vou transcrever um trecho, sobre conhecermos passagens bíblicas:

"Na verdade, podemos conhecê-las de cabeça, mas somente depois de se tornarem vivas no coração é que realmente começamos a escutá-las".

Acho que a arte tem esse poder de vivificar o Evangelho.
24 de janeiro de 2011

Designer como muitos; cantor como poucos; artista como nenhum!



Acabei de ler esse livro, que é uma biografia de Freddie Mercury. O sentimento é expresso da seguinte forma: designer ordinário, cantor como poucos, frontman e artista como nenhum!

O cara é simplesmente uma lenda. E esse livro consegue informar ainda mais coisas fantásticas e extraordinárias desse artista talentosíssimo.

Exigente, perfeccionista, egocêntrico...isso é quase um clichê dos grandes nomes da arte...mas por outro lado sensível, inseguro, generoso...

Deixando de lado a vida pessoal...o que interessa mesmo é como esse cara que tinha tudo pra dar errado na vida conseguiu se transformar no que ele foi. Muita persistência e auto-confiança foram a chave...

Quanto ao livro...muito bom...bem escrito! Recomendo.
13 de janeiro de 2011

A narrativa é anterior à teologia. A missão é auto-transformação constante.



Esse livro eu estava lendo já faz algum tempo e é maravilhoso.

Eu constatei que depois que me meti nessa onda de twitter e facebook via Iphone, meu ritmo de leirura diminuiu bastante. É que eu sou um leitor diferente. Raramente paro em casa para ler. Eu leio em filas, em salas de espera, no banheiro, no trânsito, em vôos, aeroportos etc...e esses períodos passaram a ser objeto também de redes sociais.

Ontem, eu tive que esperar por um juiz por três horas (ossos do ofício) e isso não estava no meu script...mas o lado bom (como diria meu irmão K-Renato, o que importa é manter o bom humor) é que eu terminei de ler essa jóia.

Eu poderia escrever aqui tanta coisa interessante sobre esse autor e sobre essa obra que estou na dúvida do quê compartilhar aqui no blog. Vou tentar apenas dizer algumas coisas que na minha opinião já o credenciam: 1) O autor de diz "ex dependente de igreja"; 2) O autor é citado como fonte por Ed René Kivitz e Ricardo Gondin, entre outros.

Entre tantos assuntos, poesias, confissões etc, gostei muito de um artigo dele, que consta no livro, acerca das narrativas (histórias). Ele diz que a narrativa existe antes da teologia. A ideia da vocação a partir das narrativas (interpretação livre e principiologia) é muito mais interessante e profunda do que a partir da teologia.

A profissão de fé decorrente de uma narrativa é dinâmica e independe de minúncias gramaticias, que é um grande obstáculo da teologia.

Termino esse post repetindo o que li, com minhas palavras: a missão do cristão é muitos menos ortodoxa, no sentido de proclamar o evangelho apontando para um reino futuro; e muito menos liberal, no sentido de proclamar um evangelho apontando para um reino presente. Ela é uma missão que vai ao encontro do "já" e do "ainda não", no sentido de proclamar o evangelho a si mesmo, em auto-transformação constante!

Vale muito a pena!
5 de janeiro de 2011

Duo de Poema com Xexa, minha cunhada!

Quando meu afilhado, Tão, filho de K-Renato e Xexa, nasceu, com poucos dias de vida teve que ficar na UTI um largo tempo, com pneumonia etc...foi um tempo de muita aflição. Esses dias que estivemos com nosso Davi na UTI parece que trouxeram à lembrança de Xexa alguns sentimentos.
Hoje ela me mandou um e-mail poético que terminava com reticências...e eu respondi pra ela completando o texto. Veja abaixo.
A parte de Xexa e depois a minha complementação em negrito.

"Ivan, hoje quando olho para Tão
Percebo tudo que Deus fez por nós durante seus primeiros dias de vida
Vejo cada batalha ganha, cada passo, cada conquista por ar na UTI
Vejo tudo isso com muita alegria no meu coração

Vejo quando olho para Tão
Os dias em que ele ficou internado
Os grandes momentos de aflição
E percebo como Deus foi bom comigo, com Nanda e com seu irmão

Momentos difíceis, muito mesmo, pensamos muitas vezes até no pior
Mas, Deus com sua bondade nos poupou e de nós teve dó
Hoje quando olho pra Tão
Louvo a Deus pelas suas trelas, pelas suas ousadias, por sua unha e por sua mão
E peço a Deus todos os dias
Que Ele seja exemplo de fé, de carisma e de mansidão.

Hoje quando vc olhar Daví
Tenha certeza que Deus ama sua família
E que o melhor ainda está por vir.....

Hoje quando vc olhar Daví....... irei ter certeza
Que o chôro dura uma noite, mas depois irei sorrir!
Que sofrer faz parte da vida e o que importa e prosseguir!
Que DEUS está na minha família, meus amigos e esse seu e-mail não me deixa mentir!
Que no Hospital em noite festiva, apesar de tudo, DEUS estava ali!
E que por essas e outras a esse DEUS irei sempre servir!
"
3 de janeiro de 2011

Primeira foto de Davi no quarto com Paula!



Hoje Davi teve alta da UTI e já está no quarto, mamando bem direitinho. Essa foi uma das primeiras fotos que a madrinha tirou pra vocês conhecerem a figura.
1 de janeiro de 2011

É preciso saber sofrer, ops, viver!



Tudo começou na semana do Natal quando estávamos na casa de Fred e Carmem comendo uma boa macaxeira com amigos, e eu conversava com Leska sobre o fato de que as pessoas que sofrem estão mais aptas a ouvir a voz de DEUS.

A semana que se seguiu trouxe a notícia de que nosso terceiro filho nasceria 10 dias antes da data aprazada (era pra ser 06/01 e foi 28/12). Depois eu tive outras duas notícias desagradáveis, e fiquei um pouco ansioso.

Chegou o dia 28/12 e logo cedinho, antes do sol raiar, Deus falou claramente comigo e me lembrou que eu devo ser mais parecido com Jesus. Eu decidi atravessar o dia da forma mais terna e tranqüila que eu pudesse e deu certo. (Estou lendo também “A bacia das almas” de Paulo Brabo e isso ajudou bastante).

O parto foi muito tranqüilo (o mais rápido dos três que eu participei e filmei) e Davi nasceu com 3 kg, muito lindo. Mas a médica notou que ele estava fazendo mais esforço do que o necessário para respirar e decidiu que ele deveria ficar na UTI por um tempo.

Acontece que esse tempo já está hoje fazendo 4 dias! Mas Deus tem cuidado da gente e eu estou contente.

As três primeiras noites (28, 29 e 30 de dezembro) a minha sogra dormiu com Paula e eu dormi com nossos filhos mais velhos (Ivanzão e Caio). Na última noite (dia 30) eu passei muito mal, tive muitas dores e não consegui dormir. Mesmo sem eu dizer nada, Caio (apenas 2 anos de idade) notou, acordou, veio até perto de mim, pôs minha cabeça em seus braços e me fez carinho. Ivanzão viu a cena, saiu do colchão que estava no chão do nosso quarto, subiu na minha cama e deitou-se ao meu lado. Nada precisava ser dito. Chorei pela primeira vez, de alegria e emoção.

Na manhã do dia 31 nós decidimos enviar os meninos para Porto de Galinhas para passar o réveillon com os primos, tios e avós, já que Paula e eu teríamos que ficar no Hospital. Chorei pela segunda vez, de saudade.

Durante esse dia 31 Paula e eu choramos muitas vezes, hora de saudade dos meninos, ora de ansiedade pra ter Davi nos braços. Mas o melhor de tudo foi chorar com sentimento de ação de graças por tudo que DEUS tem nos proporcionado e pelo que ELE tem sido em nossas vidas.

E o que falar das muitíssimas demonstrações de carinho da nossa família e amigos...não tem preço!

Estou ciente de que Davi vai melhorar e de que no tempo certo iremos pra casa. Paula terá alta amanhã e Davi deve permanecer na UTI até terça feira. E eu constato novamente: quem sofre está muito apto a ouvir a voz de DEUS.