9 de maio de 2011

Malicioso, egoísta e orgulhoso!



Acabei de ler mais um livro de John Stott e mais uma vez gostei muito. O livro começa melhor do que termina, pois no início ele escreve de maneira mais pessoal, o que é raro em seus escritos.

Pra se ter uma idéia, vejam o que ele escreve logo no primeiro capítulo:

"Com o idealismo vibrante da juventude, eu tinha uma imagem heróica da pessoa que eu queria ser - altruísta e de espírito público. Mas tinha, ao mesmo tempo, uma imagem clara de quem eu realmente era - malicioso, egoísta e orgulhoso."

De cara eu já pude me identificar!

Numa das minhas partes favoritas do livro ele defende que os ateus têm razão ao dizer que Cristo é uma "muleta", útil apenas para gente fraca. Mas ele arrebata dizendo que todos somos fracos, sendo certo que só alguns admitem isso.

Finalizo o post citando o seguinte trecho:

" (...) deve haver algumas poucas pessoas capazes de realizar o truque mágico de fingir ter significância quando sabem que não têm nenhuma. Significância é fundamental para a sobrevivência.
Foi isso que Viktor Frankl descobriu quando, ainda jovem, passou três anos no campo de concentração de Auschwitz. Ele notou que os prisioneiros que mais sobreviviam ao sofrimento eram aqueles "que sabiam que havia uma tarefa esperando por eles para ser realizada". Ele cita a declaração de Nietzsche de que "aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase todos os comos".
Mais tarde, Frankl tornou-se professor de psiquiatria e neurologia na Universidade de Viena e fundou a chamada Terceira Escola de Psiquiatria Vienense. Ele postulava que, além da "vontade de prazer" de Freud e da "vontade de potência" de Adler, os seres humanos têm uma "vontade de significado". De fato, " a luta por encontrar um significado na vida é a força motivacional primária no homem".

Criemos pois significados para nossa vida!

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